De 07 a 10/06/2012 aconteceu o I Acampamento da Vida Religiosa Consagrada do Piauí na diocese de Bom Jesus, nas cidades Monte Alegre do Piauí e São Gonçalo, com o tema: Família santuário da vida e celeiro de vocações. Com o lema: De olhos fixos em Jesus. Partimos na noite do dia 06/06, de Teresina, 15 Irmãs e 01 Irmão, em direção ao sul do Estado, enfrentando 820 km. Pelo caminho se uniram a nós mais 10 Irmãs, somando o número de 26 participantes de diferentes Congregações.
Fomos muito bem recebidas pelos Padres Willian e Thailson, de Monte Alegre e São Gonçalo, respectivamente, e o Povo de Deus. Dividimo-nos em dois grupos, ficando cada um numa cidade. Realizamos nosso objetivo de irmos de dois em dois visitar o maior número de famílias possível, escutando, rezando, abençoando e deixando uma estampa da Sagrada Família com a bênção da família e a oração pelas vocações. Contamos com a companhia de pessoas do lugar que desenvolvem atividades missionárias na comunidade. As pessoas visitadas ficaram felizes com nossa presença e ao mesmo tempo admiradas por termos ido de tão longe para visitá-las.
Em Monte Alegre solicitamos para irmos também às comunidades da zona rural e fomos muitíssimo bem recebidas pelas famílias simples que moram distantes, geograficamente, e têm mais dificuldades de acesso à educação, saúde, transporte e demais comodidades. As crianças após concluírem a quarta série têm de se ausentarem da família para continuar os estudos em outra localidade. Essa realidade expõe desde muito cedo as crianças à vulnerabilidade, o que pode enfraquecer a educação familiar.
Em São Gonçalo, o fato de as irmãs fazerem as refeições juntas favoreceu maior articulação na realização da Programação e avaliação do Acampamento. Houve também mais envolvimento da comunidade local, particularmente, na Noite Cultural com diversas apresentações artísticas; participação na oração do Terço e caminhada contra o tráfico de pessoas.
Diante do entusiasmo que contagiou a todas podemos concluir que obtivemos bom êxito na iniciativa, ao mesmo tempo em que trazemos questionamentos para a VR: o que fazer com os apelos lançados pelos padres quanto à possibilidade de abrir comunidades religiosas nessa diocese com número tão reduzido de presença de religiosos (2)? Diante da realidade vivenciada de isolamento, esquecimento das comunidades como podemos agir para colaborar na evangelização? Temos tido redução numérica no quadro da VR, sobretudo, feminino. O que temos feito ou não para atrair as jovens a ingressarem em nossas congregações?