Irmãs do Imaculado Coração de Maria

Solidarias na defesa e promoção da Vida. Província de Teresina - PI

Somos comunidades inseridas

Nossa Vida: A Provícia é composta por 12 comunidades. Está presente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil- em 7 Estados: RN,PB,CE,TO,MA,BA E PI Com sede em Teresina - PI

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domingo, 4 de novembro de 2007

Romaria da Terra -Uruçuí - PI 20 e 21-10-07. Momento de animação no memorial da romaria.

Postado por Nossa Vida às 15:10

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A Magia Secreta do Caminho - Marcelo Barros
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O Espirito vem pelas Aguas - Marcelo Barros
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Gestão e Espiritualidade - Afonso Murad
O Caminho - José Comblin
A cidade do Sol - Khaled Hosseini
O Caçador de Pipas - Khaled Hosseini

Compartilhamos com alegria a vida em movimento que fazemos no dia a dia.- Nossa História.

PROVINCIA DE TERESINA – NOSSA HISTÓRIA

I. FRAGMENTOS HISTÓRICOS:
1. Fatores antecedentes à fundação da Província:
A Congregação no Nordeste e Centro Oeste do País:

Os primeiros passos rumo ao Nordeste tiveram início no período entre 1964 e 1969, no Rio Grande do Norte e Bahia. A presença da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, através do Setor Geral iniciou em Taipu – RN, no ano de 1964 e em Plataforma – Salvador - BA, no ano de 1965 com o objetivo de prestar um serviço missionário em outras terras, motivado pela renovação da igreja com o Concílio Vaticano II.
Este processo teve continuidade nas décadas posteriores com a Província de Caxias do Sul – RS, em parceria com o COM - Centro de Orientação Missionária, da Diocese de Caxias do Sul, através do Projeto Igrejas-Irmãs, fundaram novas comunidades nas regiões Norte e Centro-Oeste do país. As povoações que estavam se organizando ao longo da BR Belém-Brasília, em fase de construção, foram as áreas prioritárias. Assim, no estado de Goiás na década de setenta, surgiram as fundações missionárias de Colinas, Natividade, Miranorte, Aparecida de Goiânia, Nova Glória e Presidente Kennedy e na década de oitenta, a fundação de Aragominas.
Ainda nestas mesmas décadas as Províncias de São Paulo, Santa Cruz do Sul e Santa Maria e o setor geral assumiram novas comunidades na região nordeste nos estados do RN - em João Câmara; do MA – em Santa Helena e Pinheiro; do PI – em Francisco Santos e Itainópolis; BA – em Itamari, Brotas de Macaúba e Ipupiara e no CE em Orós ; Caucaia - Parque Potira e em Fortaleza(o Noviciado).

As áreas e a atuação missionária da Congregação nestas regiões:

Com exceção do Noviciado de Fortaleza e em parte, e a Comunidade do Parque Potira, as outras foram fundadas atendendo ao pedido do bispo das respectivas dioceses para atender paróquias de grande extensão. Tinham, portanto, como objetivo imediato suprir e/ou complementar o ministério pastoral do pároco, ou seja, serem “vigárias”.
Mas as irmãs desde o primeiro momento assumiram concomitantemente serviços profissionais na área da educação e saúde em instituições mantidas pela igreja local, ou pelo poder público (hospitais e escolas), incluindo funções administrativas. Essas foram também alternativas de manutenção das comunidades que não podiam depender e nem mesmo sobrecarregar financeiramente as Províncias.
Totalmente inseridas no contexto da igreja na América Latina, na década de 70, inspiradas na Conferência de Medelin e na Teologia de Libertação, as paróquias adotam as Comunidades Eclesiais de Base – CEBs como um Novo jeito de ser Igreja.

Gradativamente a Evangelização na dinâmica das CEBs se fortaleceu, constituindo-se espaço privilegiado para fortalecer a organização popular na luta por um novo Projeto Social à luz do Projeto de Deus. Foi significativa a participação de Irmãs em mobilizações populares, ligadas a questões coletivas de direitos dos empobrecidos, especialmente a Terra, que com a abertura do Regime Militar se organizavam como espaço democrático.
Na década de oitenta, a expansão das comunidades missionárias foi uma conseqüência do momento vivido pela Igreja na América Latina e no Brasil. Nesta fase continuaram sendo criadas comunidades no interior, mas se inicia a presença na periferia de centros urbanos. Um grande diferencial surge nessa época na escolha da localização das novas comunidades, elas passam a surgir sem pedido dos bispos ou párocos, mas sim definidos pela congregação com o apoio dos mesmos. Fato que se constituiu num processo mais autônomo, iniciando na congregação o que toda a VR do Brasil estava vivendo, a inserção em lugares geográfico e social onde residem os mais empobrecidos e empobrecidas, sobretudo nas periferias urbanas. Aqui vale evidenciar a abertura do noviciado na periferia de Fortaleza.

O Sonho de Uma Província na Região!

Como vimos, as comunidades fundadas na região Nordeste e Centro-Oeste eram vinculadas às Províncias do Sul (Caxias do Sul, São Paulo, Santa Maria; Santa Cruz do Sul e Setor Geral). Se por um lado havia um crescimento missionário mútuo, sentia-se, também a necessidade de se formar um “corpo” com um “rosto próprio” entre as comunidades inseridas nessas regiões. Pois, embora vivessem e trabalhassem na mesma área geográfica, pouco se conheciam e se comunicavam. Sentiam necessidade de uma maior articulação, troca de experiências e mais autonomia na missão. Para tanto, algumas Irmãs começaram a socializar o sonho de se instituir uma Província. Pouco a pouco esta idéia foi se espalhando, adquirindo adesão e no 14º Capítulo Geral em dezembo/1984 foi aprovada a seguinte decisão: “ Encaminhe-se o estudo para executar a criação de uma Província no Nordeste “

Com o propósito de viabilizar esta decisão em 1985 constitui-se uma equipe de três irmãs (Ir. Hildegardis Corrêa, Ir. Irmã Pretto e irmã Terezinha Mª koakoski) para dinamizar o processo. Ao longo de três anos realizaram-se vários procedimentos – correspondências, estudos comunitários, encontros, assembléias, oração e discernimento. Foi um processo bonito, um aprendizado permeado por buscas, sonhos, iniciativas, superação de conflitos, profecia e ousadia. Uma construção coletiva, um processo de reflexão e participação ativa de todas as irmãs e formandas da região, em prol de um sonho possível.

II. FUNDAÇÃO DA PROVÍNCIA:
Após 24 anos de presença como Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, nos dias 19 a 22 de janeiro de 1988, realizou-se o 1º Capítulo Provincial que dá vida a nova Província. Inaugura -se uma nova etapa: As comunidades, que até então pertenciam a quatro Províncias do Sul, passaram a ter sua caminhada específica como Província com sede em Teresina – PI, sob a proteção do Cristo Libertador abrangendo os estados da BA, CE, PB, RN, MA, PI e TO.
O documento do 1º Capítulo Provincial define com clareza as prioridades da Província:
Aprofundamento da espiritualidade, vida fraterna e a missão;
A opção pelos pobres, assumida através de um estilo de vida simples, solidariedade e compromisso com sua causa, lutas e sofrimentos do povo.
Rever e reorganizar: as comunidades em vista da missão;
Processo formativo: a Promoção Vocacional seja assumida por todas as comunidades, coordenada pela responsável pela formação e haja núcleos de aspirantes.

Com o rumo e as prioridades definidas, confiantes na força de Deus, na proteção de Maria e Bárbara, com a colaboração de cada irmã e comunidade, bem como das outras Províncias e do setor geral a Província foi fazendo história. Não obstante a muitas dificuldades quanto as distancias geográficas, rcursos humanos, financeiros e outros, a caminhada foi sendo tecida por gestos e iniciativas múltiplas de bem querer, solidariedade e partilha de dons, bens e saberes, sustentada pela fidelidade ao carisma de Bárbara Maix, ao espírito das primeiras comunidades cristãs com uma mística pascal marcada pela dor, resistência, luta e esperança.

Momento atual

Hoje, 19 anos depois de sua fundação, num processo gradativo de múltiplas itinerancias, a Província de Teresina é constituída por 50 irmãs, 02 noviças, 04 postulantes, 03 aspirantes internas e 01 externa, distribuídas em 14 comunidades nos seguintes Estados: BA, CE, PB, RN, PI, MA e TO. Todas inseridas nos meios populares, nas periferias das cidades e nos acampamentos e assentamentos rurais. Atuamos no Trabalho de Evangelização e Educação popular, prioritariamente na formação de lideranças e na organização do povo empobrecido, tendo como sujeitos específicos as crianças e adolescentes, os Jovens e as mulheres empobrecidas. Investimos muito na formação para a consciência crítica, sócio - cultural, política, ecológica e religiosa, procurando unir fé e luta, resgatar e promover a vida onde ela está ameaçada.

Com o apoio financeiro da Sociedade Educação e Caridade – SEC, desenvolvemos de forma articulada com as pastorais sociais e organizações afins existentes nas localidades onde atuamos, vários projetos sociais, educativos na área da saúde comunitária através da pastoral da criança; vários núcleos de atendimento a crianças e Adolescentes em situação de risco e exclusão social, através de oficinas de reforço escolar, arte, música, teatro e formação para a cidadania. Temos várias irmãs atuando junto a CPT – comissão pastoral da terra, Movimento dos trabalhadores rurais sem terra – MST, nos movimentos de mulheres, nos Centros de Direitos Humanos, nos Conselhos e fóruns de direitos, nos núcleos de economia solidária.

Como herdeiras do Carisma de Bárbara rendemos graças a Deus por tudo que conseguimos ser, fazer e projetar ao longo desses anos continuamos unidas e empenhadas a prosseguir na alegria e na solidariedade partilhada a vivência de nossa missão de Irmãs do Imaculado Coração de Maria solidárias na defesa da vida, em fidelidade ao Reino de Deus. Dando continuidade a caminhada da Província, onde reafirmamos nossa opção pelos pobres, especialmente as crianças e adolescentes, a juventude e as mulheres como sujeitos específicos de nossa missão; a vida em comunidade no espírito dos primeiros cristãos; a vivencia solidária da partilha dos dons e dos bens e a formação como um processo permanente e inacabado, certas de que “nossa missão é grande e requer de nós um coração magnânimo, grande fé, esperança e todas as virtudes no mais alto grau” (B. Maix), e consiste na “Busca do Reino de Deus e sua justiça em nós mesmas e naqueles/as que nos são confiados/as”.(B. Maix).

Ir. Eurides Alves de Oliveira, ICM.

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